FEB – O Resgate do Piloto Canário e a Persistência de Helio Duarte

***Imagem ilustrativa***

Durante a campanha na Itália, a Força Expedicionária Brasileira (FEB) enfrentou não apenas os desafios naturais do combate, mas também condições adversas de clima e terreno. Em um dos episódios narrados por Helio Duarte Pereira de Lemos, comandante da 1ª Bateria do IV Grupo de Obuses, a sua unidade presenciou o abate de um avião P-47, da Esquadrilha da Força Aérea Brasileira (FAB). O episódio ocorreu enquanto a tropa estava posicionada em Savignano, área de intensa movimentação militar e sob constante ameaça alemã.

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O avião abatido, com o motor em chamas e liberando uma densa coluna de fumaça, foi derrubado pela artilharia antiaérea alemã. Dentro da aeronave, o piloto, o Aspirante Canário, conseguiu ejetar-se a tempo, utilizando seu paraquedas para descer até uma área de floresta nas proximidades da posição da Bateria de Helio Duarte. Imediatamente, uma equipe de busca foi organizada, e os soldados partiram à procura do piloto, que até então não sabiam se estava em território amigo ou inimigo.

“Encontramos o paraquedas antes de localizá-lo,” recorda Helio, “o que aumentou a tensão, pois não sabíamos se ele havia caído em área controlada pelos alemães.” Após algum tempo de busca, o Aspirante Canário foi encontrado, escondido em uma mata densa, temendo que tivesse caído em território inimigo. Somente após ouvir vozes em português e perceber a presença de soldados negros, ele se sentiu seguro e se identificou como parte da FEB.

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Aspirante Canário

Esse episódio foi emblemático da solidariedade e cooperação que caracterizaram a FEB durante a campanha. Para Helio Duarte, foi um exemplo claro de como a rápida ação e a organização da tropa eram essenciais em situações críticas de combate. Além disso, o incidente reforçou a confiança entre os soldados brasileiros, que atuaram de forma ágil e eficaz na recuperação de um colega em perigo.

A persistência e o cuidado com seus homens sempre foram características marcantes de Helio Duarte. Ele não apenas liderava, mas também entendia a importância de manter o moral da tropa elevado, especialmente em momentos de incerteza e tensão como esse. A capacidade de sua unidade em superar as adversidades se tornou um ponto de orgulho para a FEB, que, com o tempo, ganhou o respeito dos aliados e mostrou a bravura e determinação dos soldados brasileiros.

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