FEB – Batismo de fogo do Capelão Alberto da Costa Reis

***IMAGEM ILUSTRATIVA***

***Imagem ilustrativa***

O batismo de fogo é uma experiência que marca a vida de qualquer soldado, e para Alberto da Costa Reis, esse momento chegou durante uma missão no campo de batalha. “Uma manhã, o Capitão Paulo Teixeira da Silva se aproximou e disse: ‘Alberto, depois do almoço, vamos visitar a Bateria do Almir,'” relembra. Esse convite levaria Alberto a enfrentar sua primeira verdadeira experiência com o fogo inimigo.

A viagem até a bateria estava repleta de tensão. Com o coração acelerado, Alberto se questionava sobre o que encontraria. “Estávamos em uma estrada estreita, quando o sargento que acompanhava nos alertou sobre os perigos da região,” conta. A proximidade da linha de frente estava carregada de incertezas.

Chegando à Bateria, o ambiente já era hostil. Os soldados estavam preparados, mas a ansiedade era palpável. “O Capitão Paulo me explicou que a bateria estava sendo atacada diariamente pelos alemães,” relembra Alberto. O momento de verdade estava se aproximando, e ele não podia ignorar o peso da responsabilidade que sentia.

Foi então que o caos começou. Alberto ouviu o primeiro som que todos temiam: o assobio característico de uma granada se aproximando. “Desce todo mundo!” gritaram os soldados. Alberto, tomado pelo instinto de sobrevivência, seguiu o exemplo de seus companheiros e se jogou ao chão. O medo era intenso, mas ele tentava manter a calma. “Nessa hora, me lembrei da minha mãe e de como eu precisava voltar para ela,” reflete.

A explosão da granada ecoou, e o chão tremeu sob seus pés. Alberto se viu deitado em um campo aberto, cercado por seus companheiros, todos com o mesmo objetivo: sobreviver. “Eu não sabia para onde ir; seguia atrás dos outros,” relata. O treinamento se tornava uma memória distante, enquanto a realidade da guerra se impunha.

A primeira experiência de combate fez com que Alberto sentisse a fragilidade da vida. “Quando o segundo tiro arrebentou, eu só queria um buraco para me enterrar,” diz. O sentimento de vulnerabilidade o dominava, mas ao mesmo tempo, havia uma chama de determinação dentro dele. A guerra não era apenas uma luta física, mas uma batalha interna.

Por fim, a experiência de Alberto na linha de frente o transformou. “Cada momento perto da morte me fez perceber a importância de minha missão,” conclui. Ele estava mais do que pronto para ajudar seus companheiros. A força que buscou não era apenas para si, mas para todos aqueles que lutavam ao seu lado.

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